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Maestro Frotas mira IPO em até 3 anos

São Paulo – A Maestro Frotas, que acaba de se listar no Bovespa Mais, segmento de acesso da BM&FBovespa, planeja lançar sua oferta inicial de ações em um prazo de dois a três anos, informou o presidente da companhia, Fábio Lewkowicz.

“A empresa está muito estruturada e capitalizada para capturar crescimento”, afirmou, antes de cerimônia de listagem da companhia, na sede da Bolsa. Trata-se, assim, de uma listagem sem oferta de ações, mas com comprometimento em governança corporativa.

A Maestro é a nona companhia a se listar no Bovespa Mais.

Lewkowicz explicou que, desde que o fundo de private equity Stratus entrou no capital da companhia foi feito um trabalho para implementação de governança.

“As exigências da listagem são muito próximas do que tínhamos. Como a Stratus já tem know how de levar empresas ao Bovespa Mais, como a Senior Solution, a expectativa que temos na Maestro é de mais tarde fazer o IPO”, disse.

A Stratus investiu na companhia em 2011 e possui atualmente 77% de participação.

A Senior realizou seu IPO após ter se listado no Bovespa Mais em 2013. A companhia captou na época cerca de R$ 55 milhões, valor baixo perto dos IPOs que costumam acontecer na bolsa brasileira, mas foi considerada um sucesso pelo mercado.

O presidente da Maestro disse que outra intenção de se listar no Bovespa Mais é deixar a empresa preparada para quando houver uma boa janela de oportunidade, para poder, assim, aproveitar o momento quando ele chegar.

O executivo disse que o setor em que a companhia atua é altamente pulverizado e que existe, de fato, uma tendência de consolidação.

A expectativa de um IPO no futuro, inclusive, vem nessa esteira, de permitir um leque maior de aquisições.

Antes do IPO, porém, a companhia poderá fazer uma nova emissão de debêntures, para financiar a estratégia de crescimento via aquisições.

Caso surja a oportunidade de uma aquisição de maior porte, poderá analisar antecipar sua emissão de ações.

O diretor de Relações com Investidores da Maestro, Carlos Alves, disse que, depois de estar listada no Bovespa Mais, a companhia poderá até mesmo tentar custos menores de captação via emissão de dívida em uma oferta pública.

No início deste ano a companhia realizou sua primeira emissão de debêntures, em uma oferta restrita.

Alberto Camões, da Stratus, e presidente do Conselho de Administração da Maestro, disse que realizar a listagem antes do IPO é um passo relevante para manter a companhia preparada para realizar seu IPO.

“Há muitos benefícios”, disse, lembrando que os custos adicionais não são relevantes, mesmo para empresas menores, ainda mais em uma empresa investida por um fundo de private equity, em que itens de governança acabam sendo implementados ao longo do processo. “Em tempos de economia mais difícil queremos preparar novas empresas”, destacou.

Bovespa Mais

A Maestro se unirá a Altus, BIOMM, Desenvix Energias Renováveis, Nortec Química, Quality Software, CAB Ambiental, Nutriplant e Senior Solution no segmento Bovespa Mais.

Antes dela, a listagem mais recente no Bovespa Mais fora em fevereiro do ano passado, da empresa de tecnologia Quality Software, incentivada a realizar o movimento pelo sócio BNDESPar, braço de participações do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES).

Das empresas listadas hoje no Bovespa Mais, seis têm o BNDESPar como sócio.

Na fila para uma oferta no Bovespa Mais ainda neste ano, segundo apurou o Broadcast, estão a varejista de materiais de construção BR Home Centers e a Inbrands, dona das marcas Ellus e Hercovitch, mas essas deverão realizar a oferta ao ingressarem no segmento, possivelmente com ancoragem no BNDESPar e também de fundos específicos para pequenas e médias empresas (PMEs), já captados.

O diretor executivo de Produtos da BM&FBovespa, Eduardo Guardia, disse, na cerimônia de listagem da Maestro, que a listagem no Bovespa Mais funciona como uma vitrine do mercado de capitais, para ampliar a visibilidade da companhia.

“Não existe uma diferenciação de regras de governança em relação ao Novo Mercado. A única diferença é que há um tempo mais para adequação”, disse Guardia.

Além disso, no ano passado, para tentar incentivar o acesso de PMEs, foi publicada uma Medida Provisória (MP), a MP 651, que dá isenção de Imposto de Renda a pessoas físicas sobre ganhos de capital auferidos na venda de ações de PMEs.

Para ser elegível aos incentivos dados pela MP, entre outros pontos, a PME deve ter no momento do IPO um valor de mercado não superior a R$ 700 milhões e receita bruta do exercício anterior à abertura de capital de até R$ 500 milhões.

Além disso, a ação deverá ser necessariamente listada no Bovespa Mais ou no Novo Mercado.

Fonte: www.exame.abril.com.br

Maestro Frotas

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